terça-feira, 13 de novembro de 2018

Um SUPER CÉREBRO ou um SUPER CORAÇÃO?

Texto de Tatiana Bianchini para o blog Momento dos pais

Ontem fui pega com a triste notícia da morte de Stan Lee aos 95 anos. Para quem não sabe, ele foi o criador da maioria dos super heróis que nossos filhos amam, como Homem Aranha, Homem de Ferro, Hulk entre tantos outros.

Stan Lee nos deixa uma herança sem valor computável. Esse heróis fizeram parte da nossa infância nos quadrinhos e na infância de nossos filhos nas telas dos cinemas. Em especial cresci lendo suas histórias  e na adolescência fui estudar história em quadrinhos e ilustração porque queria mudar o mundo através da minha arte. Desenhei e redesenhei super heróis e heroínas e me afundava nesse maravilhoso universo da criação. Descobri que a arte têm um poder que até hoje nenhum criador de super herói pôde explicar.

Algum tempo se passou, digamos assim, daquela época até hoje e os super heróis estão cada vez mais vivos em nosso inconsciente. Hoje me deparo com os heróis reais da vida e do nosso dia a dia, o trabalhador incansável, a chefe de família, aqueles que lutam pela sobrevivência, aqueles que doam seu tempo e suas vidas pelo próximo. São inúmeros os heróis do nosso dia a dia, mas cismamos em esperar que ele venha do céu, vestindo uma capa voadora e salve o planeta dos problemas que nós mesmos, nossa geração e nossos antepassados criaram.

Um passado que não se pode mudar, mas um presente ativo que pode fazer um futuro diferente para essa geração que está dentro das nossas casas.
Somos os heróis de nossos filhos e eles são os nossos. Refletimos neles a vontade e o desejo daquilo que não fomos e não conquistamos e por sua vez, eles simplesmente nos amam como somos, heróis reais da vida real.

O mundo real não precisa de super heróis como nos quadrinhos, nem de SUPER CÉREBROS. O mundo real precisa de SUPER CORAÇÕES, crianças, jovens e adultos pulsando na mesma sintonia de mudança, união e COOPERAÇÃO. Nosso planeta pede socorro e já não temos mais o direito de fazer escolhas que um dia tivemos.

Eu te pergunto: Você está criando um SUPER CÉREBRO ou um SUPER CORAÇÃO?
Que as famílias e principalmente as escolas possam receber super poderes de ética e discernimento para entender que um mundo de competição não nos levará a absolutamente nada.

Que a arte, a criatividade, a paz, o amor, a gentileza, o perdão e a gratidão sejam poderes também aprendidos nas escolas e espalhados por todo nosso universo, porque todos somos capazes de nos tornar verdadeiramente heróis.

Obrigada Stan Lee!
Tatiana Bianchini
Mãe do Lorenzo, arteterapeuta infantil especializada e yoga criativo e mindfull kids, escritora, ilustradora, artista plástica e heroína do seu lar!

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Filho, a mamãe também chora!



Você deve concordar que se fazer entendido não é tarefa muito fácil para ninguém. Principalmente nos dias de hoje. Nossas ideias muitas vezes não são compreendidas por conta da visão de mundo de quem nos acompanha. Levando em conta que temos linguagens e argumentos pode até parecer mais fácil, mas e para as crianças? Como fica essa comunicação de ideias? Como conseguem expressar suas vontades, medos e anseios?


Se pautarmos nossa reflexão na idade da qual chamamos de primeira infância, de 0 à 6 anos pode parecer um pouco mais fácil, ou não.

As crianças carregam o estigma de serem sinceras, muitas vezes ouvimos os adultos falando: _ se criança falou é porque é verdade! Criança não mente! – Será mesmo?

O foco não é se criança mente ou não, mas sim se ela consegue se fazer entendida pelo mundo que a cerca.
Ser ouvida em suas necessidades não apenas materiais é essencial, mas muitas vezes ouvir as necessidades emocionais fica mais difícil e complexo
É fácil a criança se expressar dizendo que quer um brinquedo ou que precisa de um sapato novo porque o atual está apertado, mas é muito mais complicado elaborar pensamentos e ideias para expressar medo, ansiedade, euforia, expectativas e até frustrações.

Muitas vezes é através do choro, da birra, do que é entendido como mau comportamento. Às vezes o silêncio quer dizer muito, mas não compreendemos. Uma repentina febre, uma dor de garganta, falta de apetite ou apetite voraz, tudo fora do contexto comum, pode ser a vontade de se expressar e não se fazer entender.

Como podemos ajudar?

Aqui vão 11 dicas simples que pode auxiliar a criança na sua expressão e comunicação:

1. Sempre que a criança perguntar algo, responda com outra pergunta: O que você acha sobre isso? – Deixe-a pensar e elaborar ideias, em um segundo momento elaborem juntos a resposta para o questionamento, ou, mesmo que você saiba a resposta, proponha uma pesquisa para aprenderem juntos.

2. Desenhem juntos, um completando o desenho do outro, e enquanto a atividade vai acontecendo, mostre-se interessado pelo que a criança está riscando.

3. Sempre após a leitura de uma história, conversem sobre o que leram e não simplesmente feche o livro e dê a história por acabada.

4. Criem histórias juntos e perceba o contexto dos personagens, quem são, o que fazem, porque fazem...

5. Tenha uma pequena parede ou lousa disponível para criança riscar, rabiscar e desenhar o que desejar. Perceba seus registros, as cores que usa e a intensidade dos traços.

6. Expresse sempre que puder suas emoções, diga que está ansioso, com medo, alegre, triste, dessa maneira a criança vai se identificando e tendo a segurança de poder expressar-se também quando sentir vontade.
_ Filho, a mamãe também chora! Estou triste, você pode me ajudar?

7. Dois momentos importantes em que as crianças podem ter mais liberdade de se expressar se dermos a possibilidade: nas refeições em família e na hora de dormir. Para isso o uso de eletrônicos deve ser extintos da mesa e a hora de dormir deve ter uma rotina diária. Criança PRECISA e gosta de rotina.

8.Tenham o hábito de conversar antes de dormir para agradecer por alguma coisa, qualquer coisa. Dormir com o pensamento positivo é muito salutar.

9. Reveja seus horários e adapte os seus ouvidos, a criança precisa ser ouvida, para isso PRESENÇA é imprescindível.

10. Disponibilize SEMPRE materiais expressivos como tinta, pincel, massinha, lápis de cor, giz de cera. CRIAR é uma linguagem expressiva e criança precisa desse momento.

11. Não alimente o tédio com celulares ou tablets! O ócio é o momento de elaboração de ideias, de criação e de expressão. ESTEJA JUNTO, não sendo possível, disponha possibilidades de descobertas, desafios, jogos reais e não virtuais.
CRIAR É ESSENCIAL!
O bombardeamento de informações sem sentido para criança gera angústia e dificuldade de expressão de suas ideias.

Vamos ajudar enquanto é tempo, e sempre é tempo!




Tatiana Bianchini
Escritora do livro Histórias da Caraminhola – arte terapia para todas as idades / ilustradora / Atelierista / Arte educadora / Arte terapeuta infantil / Instrutora de Yoga Criativo e Mindful kids. @bianchinitati / https://www.facebook.com/tatiana.bianchini

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

TRUPE PÉ DE HISTÓRIAS APRESENTA NOVO ESPETÁCULO, A MENINA E O TEMPO, NO TEATRO ALFA



Nina é uma menina que tem tantos compromissos que nunca sobra tempo para fazer aquilo que mais gosta, brincar.
No domingo, dia que Nina e seu pai passariam brincando, os dois perdem-se em seus smart fones e abre-se uma fenda no tempo. Agora, sem energia nem Wi-Fi, Nina não tem aplicativos para voltar pra casa. Para encontrar o pai e aproveitar o tempo perdido, ela conta com a ajuda da tartaruga Antígona, a libélula Efêmera e a siri Siri. Esta é a história do espetáculo “A Menina e o Tempo”,  que marca a volta da Trupe Pé de Histórias, ao teatro. Com estreia prevista para 29 de setembro, às 16 horas, no Teatro Alfa, em São Paulo.

O novo espetáculo reúne teatro, música e vídeo, em uma história que estimula a imaginação das crianças a partir de suas próprias vivências. A Trupe apresenta canções autorais e outras tradicionais que conduzem à narrativa, incluindo referências que conquistam também o público adulto.

Ficha técnica
Idealização: Trupe Pé de Histórias
Direção: Tucci Fattore e Naya Sá
Direção Musical: Luís Santiago Málaga
Texto: Naya Sá, Tucci Fattore e Luís Santiago Málaga
Concepção e Criação Musical: Naya Sá, Tucci Fattore e Luís Santiago Málaga
Elenco: Naya Sá e Tucci Fattore
Músicos: Luís Santiago Málaga, Adriano Busko e Lipe Torre
Produção: Trupe Pé de Histórias e Ceres Arantes
Vídeo e Luz: Eduardo Joly
Figurino: Amarílis Arruda
Cenário: Nani Brisk, Tucci Fattore e Ivo Santos
Consultoria de Roteiro: Julia Priolli
Apoio técnico em tecnologia: Roberto Trevisan
Adereços: Nádia Puppo

Serviço
 Espetáculo infantil A Menina e o Tempo
Estreia dia 29 de SetembroTemporadaSábados e domingos, às 16h. Até 25 de NovembroDuração: 55 minutos. Classificação: Livre. Indicado para crianças a partir de 4 anos. Ingressos: R$ 40,00 (inteira para adultos) e R$ 20,00 (meia para crianças, estudantes e maiores de 60 anos).

Teatro Alfa – Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722, tel. (11) 5693-4000. Site: www.teatroalfa.com.br Ingresso rápido ou pelos telefones: 11 5693-4000 | 0300 789-3377.. Acessibilidade - motora e visual. Estacionamento: Sala A - Vallet R$ 45,00 e Self Park R$ 31,00. Sala B - Vallet R$ 30,00 e Self Park R$ 20,00.
 Sala B do Teatro Alfa. Telefone: (11) 5693-4000. Capacidade: 204 lugares



Agradecimento: Ceres Arantes e Lu Stabile

DE OLHOS BEM ABERTOS PARA AS SENSAÇÕES




Saiba que as sensações e sentimentos de medo, tristeza, desconfortos... são tão importantes quanto a qualquer outra? E por qual motivo estamos deixando de trabalhar esses sentimentos? Claro que felicidade é o que todos nos queremos viver e sentir. Mas o que a tristeza pode nos revelar? O que a tristeza pode dizer sobre nos mesmo?

Momento dos Pais conversou com a psicóloga infantil Daniella Freixo de Faria sobre sentimentos. E a resposta da psicóloga é bem simples: “Temos que viver nossos sentimentos! Criamos em nossa cabeça que temos, quase que por obrigação, que viver a melhor parte de nossas vidas. Ou seja, temos que só comer a melhor fatia do bolo, a felicidade.”, comenta Daniella.  Segundo a psicóloga, estamos deixando de lado sentimentos como: o medo, a frustração, a depressão, a sensação de impotência, a vulnerabilidade e o desconforto. Sentimentos esses que fazem parte de nós. “Temos raiva, temos medo, e claro que não queremos em nenhum momento que nossos filhos passem por isso. E o que estamos fazendo? Estamos pegando a situação para resolver, tentando livrá-los destas sensações e sentimentos.”, explica. No entanto, a psicóloga diz que são experiências importantes e que atender a tudo para fazer o filho feliz não irá ajudá-lo a conhecer e aprender a lidar com os desconfortos e com a própria vida. “É importante que ele saiba acolher a si mesmo e o seus sentimentos, todos eles. E nós também podemos mostrar que também sentimos tudo em nosso dia a dia.”, completa. Enquanto tentamos tirar isso dos nossos filhos estamos criando uma vida de ilusão. É quase como se estivéssemos tentando viver somente das imagens que estão expostas nas redes sociais. A melhor forma de acolher o sentimento é aceitar ele como também sendo parte de nós. E juntos (pais e filhos) poderão fazê-lo da melhor maneira possível. Mas para isso é importante sentir! O importante é acolher esse sentimento ao invés de tentar tirá-lo.

E o que é a tristeza, o medo, o desconforto, a angustia, a raiva. Eles nada mais são do que ferramentas que nos ajudam a nos localizarmos em nossas vidas, quando alguma questão pede algum ajuste em como estamos nos considerando e considerando os outros a nossa volta. “Esses sentimentos são na verdade a consequência da “bagunça” criada por nós mesmos. Surgem no nosso cotidiano: seja em não nos planejarmos para ter um momento em família, seja o trabalho que está te consumindo muito, por ter esquecido de preparar o lanche do filho.”, comenta a psicóloga. Elas estão ali para e por algum motivo importante, para trazer o aviso de que algo esta desconfortável nessa situação e dentro desse propósito. Quando a escuta ao desconforto acontece, novas posturas podem surgir.  E é importante deixar bem claro que sentir essas sensações e sentimentos não é nenhum sinal de incompetência. Pois temos que admitir que podemos ser imperfeitos quando nos damos conta de que estarmos aqui vivos não é mais sobre cumprir a ideia de quem deveríamos ser e sim de sermos a humanidade que somos.  E, infelizmente, hoje vemos as pessoas fechando a cara, assustadas, buscando tirar essas sensações que falam tanto sobre nós mesmos. São manifestações naturais como qualquer outra. Para entende melhor isso podemos usar como exemplo o filme Divertida Mente, da Disney Pixar. Quem não viu fica aqui a dica de um bom filme! É imperdível! E para quem viu... você deve lembrar da cena praticamente final do filme que depois de vermos tanto a “Alegria” fazendo de tudo para salvar o sentimento de Riley Anderson, uma garotinha de 11 anos, que vive feliz ao lado dos pais e dos amigos na cidade de Minessota. Até que o pai recebe uma proposta de emprego em São Francisco e a família se muda para a nova cidade. A “Alegria” vive e vivencia tantas coisas para resgatar as boas memórias, memórias de alegria de várias fases da garotinha. E nesta confusão toda em que ela está inserida ela também tem a preocupação para que a personagem a “Tristeza” não toque em nada, continue acompanhando o seu caminho sem tocar nas boas lembranças. Até que chega o momento em que ela se percebe sem solução e tudo em sua volta desmoronando e vê que a “Tristeza” também faz parte de tudo aquilo. E é ela quem pode, de certa forma, encontrar a solução, pois é o sentimento que está a tona naquele momento. É preciso sentir, simplesmente sentir, o momento, e sentir a tristeza, o medo, do que ela está vivendo. Afinal, a personagem Riley só estava manifestando um incomodo que não era só dela, mas de toda a sua família. E quando a família olhou para aquele novo com o sentimento que eles estavam realmente sentindo, eles conseguiram juntos, em união, superar. Puderam se encontrar nesse lugar da humanidade.

Por isso, a psicóloga Daniella está propondo sairmos desde mundo de ilusão que estamos criando para rever e acolhermos nossas verdadeiras sensações e sentimentos. Estamos contentes no que estamos fazendo? Esse desconforto me conta o que? Estou me considerando nesse momento de que forma? Olhe para o seu dia a dia e veja o que acontece em sua vida – que foi criado por você – mas que hoje já não te faz tão bem. E como pequenos movimentos considerando você, poderiam fazer uma grande diferença para que você crie algo bom sem deixar de considerar aqueles ao seu redor. Seu desconforto te dá a primeira pista!

Existem algumas coisas simples que podemos fazer por nós mesmo, como explica Daniella Freixo de Faria.

- se ouvir
- se observar
- se amar


“É importante começarmos a ser o que somos e não o que achamos que devemos ser.”, diz.


A psicóloga Daniella Freixo de Faria, que hoje está morando em Miami, montou um curso para pais e outro para profissionais da área, sobre sentimentos, educação e processos de desenvolvimentos dos filhos. O curso é online com dois encontros por semana ao vivo onde é possível compartilhar sentimentos, vivências e tirar dúvidas sobre o material de apoio elaborado pela psicóloga.  Informações pelo site: https://educacaoinfantilonline.com/



Sobre Daniela Freixo de Faria
Daniella Freixo de Faria (06/58821) é Psicóloga Infantil formada e especializada em psicologia analítica pela PUC e em transpessoal pela Dep. - Dinâmica Energética do Psiquismo. Escreve artigos para veículos de comunicação, participa de inúmeros programas de TV, ministra palestras em escolas e empresas como Escola Nova Lourenço Castanho, Play Pen, Colégio Visconde de Porto Seguro, Kimberly Clark e Brinquedos Estrela e também aplica vivências que têm, como objetivo, oferecer uma atividade transformadora que é elaborada de acordo com a necessidade de cada escola.
Nas palestras ministradas, além de informações sobre os temas, Daniella leva os adultos a despertarem às mudanças na relação entre pais e filhos através de vivências, prevenindo a distância ou os olhares equivocados.
Daniella ganha cada vez mais atenção por conta de seu canal de vídeos pela internet, “Conversa com Criança”, com mais de 230 mil inscritos, Através deles, aborda assuntos e dúvidas frequentes dos pais em relação aos seus filhos.
Em 2014, colocou “no papel” a experiência trocada entre pacientes e os milhares de fãs nas redes sociais lançando o livro “Conversa com criança: Presença - Caminho”.

Trailer do Filme “Divertida mente” citado neste texto: https://www.youtube.com/watch?v=LSpeM7G4zfY

terça-feira, 28 de agosto de 2018

A SAÚDE BUCAL DOS NOSSOS PEQUENOS


Até hoje as pessoas possuem um trauma e um pânico quando se fala em dentista. No entanto, temos, de uma vez por todas, que acabar com isso. O dentista é um profissional de saúde tão necessário quanto o pediatra ou qualquer outro. É importante fazer a iniciação das crianças ao consultório dentário desde o nascimento dos primeiros dentinhos de leite, que acontecem aproximadamente aos 6 meses. Isso inclusive ajuda a fazer a criança a ter desde cedo essa percepção de cuidado com os dentes, ou seja, com a sua saúde.

E é também aos 6 meses que começamos a aplicação de um flúor específico para a idade. O flúor passado de tempo em tempo, no consultório do dentista, favorecerá a formação do esmalte dental, deixando-o muito mais resistente à cárie.

Já o uso de pastas de dentes com flúor é recomendada com a orientação de um dentista que avaliará caso a caso. No entanto, é muito importante observar a quantidade de pasta na escovinha de dentes também. Ela deve ser adequada para cada fase da dentição. Nesta primeira fase da dentição, deve ser de 1/2 grão de arroz crú três vezes ao dia.  De acordo com o aparecimento de mais dentinhos e a idade da criança, a proporção aumenta para o tamanho equivalente a um grão de arroz crú, depois, meia ervilha até chegarmos a um grão de ervilha. Seguindo assim por toda vida.  É, portanto, uma quantidade bem pequena para que, não haja o risco de a criança engolir o excesso.

Outro assunto muito importante que sempre chega a meu consultório é com relação ao hábito de chupar dedo. Vemos que o ato de chupar o dedo muitas vezes segue a criança desde a barriga da mamãe. Está cientificamente comprovado, este hábito está vinculado ao sistema de recompensa do cérebro. Desistir dele, para a criança, é uma tarefa bastante difícil e sofrida. Por isso, ela precisa de ajuda e estímulo. O ato de succionar o dedo, pelo vai-e-vem do movimento, altera a postura da língua mantendo-a no soalho da boca ao invés de acoplada no palato, seu lugar ideal de repouso. A bochecha e a língua têm forças opostas de compensação para manter os dentes dentro da parábola perfeita, na qual devem se assentar. Quando a língua fica mantida para baixo pela ação do dedo, as forças entre a língua e a bochecha se alteram e entortam os dentes. Como eles, os dentes, são os responsáveis pelo crescimento dos ossos maxilares e da face, tudo na criança desanda começando assim a comprometer o seu desenvolvimento.
E a chupeta? Há bebês que sentem maior necessidade de sucção do que outras. Normalmente o bebê que está sendo perfeitamente amamentado no peito - sem complementos de outros leites - não sentirá necessidade de chupar chupetas. E se a chupeta é oferecida a uma criança que está sendo amamentada de forma natural, e rejeitada, para que forçar seu uso? No entanto, outras vezes, por fatores normalmente relacionados a necessidades individuais do bebê, a chupeta poderá fazer parte da sua rotina até certo ponto e idade. E, isso também está relacionado a um conceito social, de que chupeta acalma o bebê, será? De toda forma enquanto o bebê ainda não tem dentinhos, isso é até aproximadamente 6 meses, é possível oferecer a chupeta - sem insistência - a ele.
O uso prolongado da chupeta, quando a criança vai se tornando maiorzinha, por pressionar a língua no soalho da boca, modifica o tônus da musculatura das bochechas e lábios e acabar levando a criança a respirar pela boca e não pelo nariz. Prejudicando também seu sono. E o outro ponto importante é que o uso prolongado deforma as arcadas ósseas que são as bases paras os dentes fazendo com que cresçam tortos e se entortem cada vez mais, causando um desequilíbrio muscular e funcional de todas as estruturas faciais envolvidas no aparelho respiratório e mastigatório, e inclusive da coluna. Por isso, tirar a chupeta o quanto antes é fundamental para o seu desenvolvimento. E acredite, ela é um consolo mais para nós, do que para eles!

Temos que aproveitar que as crianças adaptam-se a tudo com muito mais facilidade que nós adultos. E isso deve ser levado em conta em favor ao desenvolvimento deles. A boa saúde bucal tem relação direta com uma boa alimentação que afeta diretamente o funcionamento intestinal também. E isso fica para uma próxima conversa. De qualquer forma, é muito importante a visita regularmente a um dentista de sua confiança para que possa orientá-lo em todos os momentos da vida. Fazendo o que os dentes de formem de maneira eficaz para o desenvolvimento efetivo de nossas crianças.


Sandra Aiosa- cirurgiã-dentista -crosp 26445

Sobre Sandra Aiosa: Sandra Aiosa (crosp 26445) é cirurgiã-dentista com mais de 30 anos de profissão. Tem como proposta em seu trabalho cuidar da saúde bucal, seja de crianças ou adulto, incluindo a melhor idade, olhando o indivíduo como um todo. Esse método vem de sua especialização na Odontologia Antroposófica que faz uma abordagem interdisciplinar e humanística o que possibilita tratar as patologias bucais desde suas origens.
Formada pela Faculdade de Odontologia da Universidade de Mogi das Cruzes com Especialização em Reabilitação Oral com ênfase em Oclusão, pela Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas. E seu currículo traz diversas habilitações, entre elas, Atendimento à Gestantes, Bebês e Crianças, Odontopediatria, Prótese sobre Implantes e Ronco e Apnéia. A dentista está credenciada no Sistema Snap on Smile e no Sistema Be- Flash-Sistema de Ortodontia Invisível.

Maternidade X Carreira



Grande parte das mulheres que engravidam vivem o mesmo dilema “Conciliar a carreira com a maternidade”. Além dos cuidados com sua saúde e a do bebê durante o período gestacional, as preocupações só aumentam e as primeiras dúvidas surgem:

- Com quem vou deixar meu bebê quando precisar trabalhar? Devo colocar meu bebê no berçário? Mas e se ele ficar doente, como farei para dar todo o cuidado que ele precisa? Será que vou ser mandada embora quando retornar ao trabalho?... e por aí vai. Para a Renata Serrano, Professora e mãe da Manuela com 02 meses de vida, o maior desafio será o emocional, o “desligar” da licença maternidade ao retornar para o trabalho, “ficamos voltadas 24h para nosso bebê, o desafio será o de lidar com o fim da amamentação, a preocupação do filho estar na escola ou com algum parente, saber se está bem, dormindo, se alimentando...”, relata. Nem todas as mulheres possuem ajuda das avós, tias, irmãos e parentes próximos e, para estas, o desafio se torna ainda maior. Ter que dar conta da casa, filho, esposo(a) e de sua vida profissional. Neste caso, um bom planejamento familiar e organização do tempo ser tornam fundamentais nesta missão.
    
“Estou aprendendo a gerenciar melhor meu tempo, embora não tenha mais tanto tempo que eu gostaria com o Matheus, e, quando estou com ele, prezo pela qualidade e mesmo com tudo isso, creio que voltar a trabalhar foi minha melhor decisão”, diz Marjory Barbosa, Gerente de relacionamento e mãe do Matheus com 08 meses de vida.

É muito comum também muitas mulheres saírem do emprego, decidirem mudar de área ou até mesmo empreender nesta fase, por querer estar próxima do seu bebê e ainda ganhar uma renda para o sustento de sua família. Não que se torne uma tarefa fácil, pelo contrário, pois exigirá muita força e dedicação para o alcance do novo objetivo. Vale a mamãe empreendedora procurar ajuda e trocar experiências com quem tem o mesmo objetivo, muitas parcerias e ideias novas podem surgir.

Mergulhei de cabeça na maternidade desde que a minha Alice nasceu, deixei a carreira de consultora de lado e decidi fazer um mestrado para mudar de profissão. Quero seguir uma nova carreira como professora, que me proporcione mais flexibilidade de horários e tempo livre para cuidar da minha filha, de modo a viver e acompanhar o desenvolvimento dela sem me entregar a um ritmo de trabalho alucinante novamente”, comenta Gabriela Almeida, mãe da Alice com 5 meses de vida.

Independentemente da sua decisão profissional, estar segura dela é o que fará bem para você e seu filho. Converse com todos os envolvidos dessa escolha como esposo (a), avós, babás, chefes, entre outros e divida suas preocupações e necessidades.

Ter uma disciplina com os horários e compromissos dessa nova fase também garantirão maior êxito e sucesso.  Boa sorte. 



Fabiana Reis – Coach & Consultora de Carreira e mãe da Paola com 6 meses de vida.




quarta-feira, 18 de julho de 2018

VOCÊ É FELIZ?



Você é feliz? Sabia que você estar feliz (ou não) interfere diretamente na sua relação (e educação) do seu filho?


Pensando nas questões acima a Dra. Cristiana Renner, psicóloga PhD formada pela PUC-SP, USP e UNIFESP, abriu a palestra dirigida a um público de mães que aconteceu no final de maio, no restaurante Cantaloup, em São Paulo.
Para falar de limites para os filhos a doutora começou a falar de felicidade e o quanto isso esta ligada na relação com os filhos e com a família como um todo. Cristiana alerta que o limite precisa ser de quem educa. Estranho? Não, até que não, se pensarmos que realmente as mães hoje vivem dentro de seus limites seja em casa, no trabalho, na criação dos filhos, na relação com o universo. É normal (e não deveria ser) para quem acumula tantas funções. E administrar o tempo e todas as atividades ao seu favor é uma maneira de estar mais feliz consigo mesma. A mulher tem em sua essência da característica do cuidar. Estão sempre de olho em tudo e dando um jeito em tudo. E isso não precisa ser assim. Ele pode ser mais leve, seguro e tranquilo. Sem cultivar o stress. A mulher precisa sim ser graciosa, ou seja, ter um zelo com ela mesma.

A abordagem utilizada nesta palestra foi inovadora, pois a doutora Cristiana queria mostrar justamente para as mães que o limite precisa ser delas.  Se não sentirem felicidade será muito difícil. E, colocar a felicidade (delas) nos pilares corretos, se elas não tiverem propósito de vida, elas vão ter uma enorme dificuldade de colocar limites para os filhos. Afinal, os limites estão embasados em um propósito de vida. Se sentir insegura, infeliz, descontrolada é um caminho para pedir ajuda de um profissional. Isso vale para qualquer individuo.  Organizar a agendar, o tempo e a vida é fundamental. E também é importante incluir nele a prática de um esporte, principalmente, e, fazer pelo menos uma das refeições em família. Esta é uma das sugestões dada pela psicóloga. O objetivo é estar junto, criar rotinas e dai um proposito para que se tenha mais equilíbrio de vida e felicidade.

Além disso, a doutora destacou a infelicidade dos filhos. Dar a ele a liberdade de tomar decisões – até mesmo aquelas em longo prazo – é algo que deve ter o acompanhamento dos pais. Mesmo que este já seja um adolescente. E, é nesta fase, que os pais precisam estar por perto. Para que seja possível direcionar um caminho. Mesmo a criança mais inteligente do mundo precisa do apoio de um adulto. As escolhas dos jovens, quando eles decidem não optar por um momento de prazer imediato e sim por um objetivo em longo prazo, algo difícil de ser feito, isto precisa ser feito com um propósito de vida e este propósito deve ser passado pelos pais. Mas se a vida dos pais está vazia sem hobbies sem vida espiritual, independente da religião se siga, sem a prática de esporte, música e literatura, como isso poderia ser feito?

Outro ponto importante levantado na palestra e questão da frustração. Ninguém quer ver um filho frustrado, mas, no entanto, ela é essencial para o crescimento do ser, do caráter e formação do individuo. E, se acompanhado pelos pais, é mais fácil se abrir um dialogo e ensiná-lo a lidar melhor com isso. Com orientação e apoio vem à superação e o aprendizado. Com orientação e apoio vem à superação e o aprendizado. 



Quem Somos

O “Momento dos Pais” nasceu em 2017, em formato de evento, muito pela vontade de levar informação de qualidade. Na ocasião reunimos a...